domingo, 26 de outubro de 2025

FRAGMENTOS CULTURAIS DO BRASIL

 

InfoJus

 


Numa mesa redonda, que era um quadrilátero retangular, o assunto foi fragmentos culturais do Brasil e assim falou um dos palestrantes.

 

FRAGMENTOS CULTURAIS DO BRASIL

 

Brasil do samba, chula, forró, repente e do maracatu.

Brasil da cachaça,  cajuína, caipirinha  e do licor.

Brasil do Gonzaga, Pelé, Caetano, Dona Ivone Lara e do Gil.

Brasil da Beata Maria de Araújo e do Ariano Suassuna.  

Brasil de todos as raças,  credos, ritmos e das riquezas naturais  

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão.

 

Brasil do Carnaval, samba de roda  e do   São João.

Brasil do Luiz Vieira, Chico Science, Onildo e da nação zumbi.

Brasil do Nóbrega, frevo,  Suassuna ,  Capiba e Huberto Teixeira.

Brasil de São José do Egito, Exu, Iguatu, Carnaíba e Zé Dantas.

Brasil de todos as raças,  credos, ritmos e Dom Helder Câmara 

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão.

 

Brasil do Gastroart , Sobrames e  do  Saraumed.

Brasil do Goes, da Eponina, Hits,  Do Carmo e do James.

Brasil do Uyapuran, Mariléia, Jakeline e do  Mota.

Brasil de todos os poetas e do Pedro Bandeira de Caldas.

Brasil de todos as raças,  credos, ritmos e Padre Ibiapina

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão.


Brasil do Zaterks , Guigon,  Patricia e do Quilicci.

Brasil do saudoso mestre Glaciomar Machado, o cientista.

Brasil do Artur, Silvério, Neves e do Álvaro Nonato.

Brasil  dos negros, indígenas,  brancos e do Paulo Freire. 

Brasil de todos as raças,  credos, ritmos e meu Mano do Juazeiro. 

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão.


Brasil do Ernani, Cecília,   Ildo, Rosalvo Abre e Igelmar Paes.

Brasil do Lopes, Marli, Betania, da  Curvelo e do Clarêncio

Brasil do Roque,  do Chico Hora, da Ivete e do Dagô.

Brasil dos intelectuais,  Câmara Cascudo e do Marcelo Gleiser. 

Brasil de todos as raças,  credos, ritmos e da  capoeira. 

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão.


Brasil da Dalva, Hilton, Eutimio Brasil e do Archibaldo.

Brasil do Alexsandro, Joanathan, Xangai e do Fileto.

Brasil dos Poetas, Nonato Luiz, dos cantantes e dos prosadores

Brasil do folclore, dos artesãos, do Sodré e do Mestre Noza. 

Brasil de todos as raças,  credos, ritmos e do Perfilino Neto

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão.

 

Brasil do Rio de Janeiro,  Alagoas, Bahia, Pernambuco e  Ceará.

Brasil do Norte, Sul, Leste, Oeste, Nordeste e do Faroeste.

Brasil das florestas,  mares, mangues,voçorocas e das  caatingas.

Brasil rico, continental, do Gilberto Freire e Wlisses Guimarães. 

Brasil de todos as raças,  credos, ritmos e Antonio Costa. 

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão.


Brasil dos  Buarques, Miguel Nicolelis,  da Portelena e  dos Jobins.

Brasil    do Villa  Lobos,  dos Calixtos, Chiquinhas  e dos Martinhos.

Brasil dos Gismontis,   dos Otacilios Batistas  e dos Bule Bules.

Brasil de todas as matizes,  Mestre Vitalino,  João Silva . 

Brasil de todos as raças,  credos, ritmos e da enfermeira Ana Neri. 

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão.


Brasil do Fagner,   Ednardo, Luiz Fidelis, Amelinha   Belchior.

Brasil dos Miltons, Brants, do Jackson  do Pandeiro e do  Juscelino.

Brasil do Ruy, Alencar,  Machado, Lampião e Patativa do Assaré.

Brasil do regionalismo vivo, do Riachão e do João Gonçalves

Brasil de todos as raças,  credos, ritmos e da Bertha Lutz 

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão.

 

Brasil do Drumond, Castro Alves,  Riachão Pedro  Bandeira.

Brasil da  caipora,  bumba meu boi, Saci e da mula sem cabeça

Brasil da culinária, do baião de dois, grandes gemas, ferro e  do ouro.

Brasil das grandes culturas, são joão, reizado e do maneiro pau. 

Brasil de todos as raças,  credos, ritmos e Nísia Floresta

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão.


Brasil dos gaviões,   grandes cárcarás e pequenos pássaros.

Brasil dos répteis, da   abelhas, das tanajuras e das   borboletas.

Brasil  das tartarugas, Tubarões, Peixe boi, Pirarucu e das baleias.

Brasil dos Tupinambás, Tapuias, Cariris, Tupi  e Caiapós. 

Brasil de todos as raças,  credos, ritmos e da Maria Quitéria. 

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão.


Brasil do Cristo, Aparecida,  Dulce  e do Padre  Cícero .

Brasil dos clássicos,  axés, bregas, tocatas e  dos benditos .

Brasil da liberdade,  miscigenação, dos terreiros   e do respeito.

Brasil independente, eclético, do Zumbi e do Abdias Nascimento.  

Brasil de todos as raças,  credos, ritmos e da Mãe Menininha. 

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão.


Brasil das Chapadas, Serrados, Sertões  e das Cordilheiras .

Brasil dos grandes rios,  lagoas e  dos abençoados aquíferos .

Brasil da grande São Paulo, Cariri e  do diminuto Bodocó.

Brasil de  grandes  homens e mulheres, e da Zabé da Loca 

Brasil de todos as raças,  credos, ritmos e da Mocinha da Passira. 

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão.


Brasil do Rio São Francisco, Madeira, Tocantins  e do Amazonas.

Brasil de grandes heróis e  heroínas, Dandara e João Cândido.

Brasil de Bárbara de Alencar, Jovita Feitosa e Dona Federalina. 

Brasil de Irmã Dulce, Maria da Penha e Maria Felipa de Oliveira.

Brasil de todas as raças, credos, ritmos e do Chico AnysioD.

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão.

 

Brasil da Anita Garibaldi, da Carolina de Jesus e Dona Quininha

Brasil da Joana Angélica,  Chiquinha Gonzaga e Helena Meireles

Brasil da Tarsila do Amaral e da Professora Luana Passos .

Brasil do Florestan Fernandes e Professor Raimundo Santana

Brasil de todas as raças, credos,  ritmos e  Raquel de Queiroz

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão. 

 

Brasil da garoa, alterosas, diamantina, Borborema Araripe  e  pajeú

 Brasil da  bombacha, Currulepe, gibão de coro  e do João do Pife.

Brasil do  Helomar Figueira, Luiz Caldas e Luiz  Gonzaga

Brasil do Cartola, Heitor Villa Lobos, Cesar Lattes e Pixinguinha

Brasil de todas as raças, credos, ritmos e da Clementina de Jesus

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão

 


 Brasil  Cariri,  Pantanal do Contestado.

 Brasil norte, sul, nordeste e centro oeste.

Brasil Brasil.

Brasil dos sonhos, sem preconceitos e da inclusão.


Salvador, 27 de Outubro de 2025

Iderval Reginaldo Tenório 

 

Escutem  A Volta da Asa Branca.

Zé Dantas e Luiz Gonzaga

ORQUESTA  VOZES DO SERTÃO 

Vozes do Sertão - A Volta da Asa Branca - YouTube

YouTube
https://www.youtube.com › watch
A Volta da Asa Branca (Luiz Gonzaga/Zé Dantas) Arranjo: Marcio Mattos Vozes do Sertão Teatro Castro Alves, Salvador-BA 5 de outubro de 2012 ...
YouTube · Guido Sanfoneiro · 8 de mar. de 2013
 

A Orquestra do Sertão e o Coro Vozes do Sertão são formados por estudantes e servidores da Univasf e do IF Sertão-PE e por músicos da comunidade externa, sob a regência de Ozenir Luciano e Alan Barbosa, respectivamente. Este será o primeiro de uma série de concertos que serão promovidos pela Univasf e pelo IF Sertão-PE ao longo deste ano.

Os Concertos da Amizade serão realizados nas cidades que possuem campus das duas instituições. Segundo Luciano e Barbosa, o objetivo da série é promover a circulação de músicas de concerto e incentivar a formação de plateia em diversas cidades do sertão. Nos próximos meses, haverá apresentações em Juazeiro e Paulo Afonso, na Bahia; em Santa Maria da Boa Vista e Petrolina, em Pernambuco; e em São Raimundo Nonato, no Piauí. As datas de cada apresentação serão divulgadas posteriorment

 

sábado, 25 de outubro de 2025

O REFLUXO .COMO DEVO DORMIR? VEJA O DESENHO

 

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Dormir do lado direito facilita o refluxo, do esquerdo ameniza 

Pode ser uma ilustração de ‎texto que diz "‎conngn CLÍNICA SÃO GABRIEL LTDA. CNPJ (MF) 34 3412731/0001 07 Dr. Ideral Roginaldo Tehório Dr: Oinginia Lucia Ribino Tenório CIRURGIA GERAL GASTROENTEROLOGIA PEDIATRA- CRM 7033 ENDOSCOPIA DIGESTIVA CRM -CRM7038 7038 PULM טיופ.ק eSOVEr の esromAr FITORO AGO VEsieaca (A DUDEHO BAStAIO E)OPH. Guein حمه VoL CONTIUD no Ao &nA O OCOATEVDO F4VHI MO () TOMA Don mίЛ ကာ الإااله no LnDO DO Don min ٢٥ L LADO ടേலප CAMA ELArNPA Visite o nosso blog http://www.iderval.blogspot.com http://www. com Av. Tancredo Neves, 805 -A -Salas 309/ 310 /404 Centro Medico Iguatemi Salvador Bahia Tels. Tels.:3341-9630/ 3341- 4863 Fax: 3342-5331 driderval@bol.com.br driderval@bol.‎"‎


Os cinco benefícios de dormir do lado esquerdo do corpo | Donna


Dormir do lado esquerdo faz o seu sistema de eliminação mais forte.
E também pode aliviar a azia!
Se você tem problemas para dormir no lado esquerdo, considere dormir de costas para uma parede.
Um pequeno travesseiro entre você e a parede pode torná-lo mais confortável.
Pode levar algum tempo para se acostumar com isso.
Você também pode manter uma luz fraca no seu lado direito, fazendo com que seu corpo, naturalmente, queira se afastar dele.

 Luiza Fletcher


O Estômago é uma bolsa que possui duas curvaturas, a pequena que está à direita que é quase que reta, quase que não armazena suco gástrico e vaza para o duodeno e reflui para o esôfago quando em alta pressão ou quando a válvula está sem força, isto é :hipotônica ou alargada e a grande curvatura que forma uma verdadeira lagoa funda, esta armazena uma boa quantidade de substancias , só reflui quando cheia , daí cria uma pequena dificuldade  para voltar e acordar o ser humano à noite com sensação de engasgo e de dificuldades respiratória, são informações simples , porém importantes. 

Assim o conteúdo gástrico terá menos dificuldades em refluir para o esôfago, melhorando e muito a vida dos portadores da Síndrome do Refluxo Gastro Esofágico .

Será que esta manobra por si só cura o refluxo? 
tudo indica que não, agora a melhora é grande.
Principalmente atrelado ao estomago vazio ao deitar, da abdicação do líquido ao deitar, do uso de condimentos e gorduras , das orientações do seu médico e das medicações utilizadas.
Tudo pela qualidade de vida.

Iderval ReginaldoTenório

ESCUTEM NA VOZ DO LUIZ GONZAGA.

UMA MÚSICA BONITA E INFORMATIVA

Liforme Instravagante - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=VGsWVmWF_ws
18 de mar de 2012 - Vídeo enviado por apfrezende G
É sotaque nordestino...ele quer dizer uniforme e pronuncia liforme... coisas da epoca pois n existia o ...

 

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Dr.José Abelardo Garcia de Meneses-Recebe título Cidadão Soteropolitano-CONVITE


                                                   

José Abelardo Garcia De Meneses | CREMEB 

Salvador, no dia 07 de novembro de 2025,  receberá como cidadão Soteropolitano, o Dr.José Abelardo Garcia de Meneses. Nascido em Itabuna e que além de mestre na anestiologia, dedicou e detica parte   da sua vida para o bem da medicina, dos cidadãos baianos, dos amigos e dos familiares. Hoje um dos mais preparados cidadãos da Medicina,  do Direito Médico, da Cidadania e da Ética profissional.

Ao outorgar o título de Cidadão Sotepolitano  a este professor, é reconhecer a força da Medicina, dos seus médicos e enriquecer  Salvador, uma vez que o Dr. José Abelardo faz parte de um seleto grupo de profissionais, que muito contribuiu, contribui e contribuirá para a honra da nossa  importante Medicina.

Cada geração de médicos possui os seus ícones e a nossa não é diferente, ela tem nos seus quadros grandes nomes e  claro como "água cristalina de rocha", o Dr.José Abelardo Garcia de Meneses é um destes.

A sociedade brasileira, os médicos da Bahia e do Brasil  sentem-se desafogados e aliviados, mesmo com tudo que passa a Medicina Brasileira na atualidade. 

São reconhecimentos como este,  que reforçam que o país ainda tem jeito. 

Avante mestre, felicidades e parabéns. 

Parabéns para o Vereador Marcelo Guimarães Neto, que soube presentear Salvador  com tão brilhante cidadão, que além de grapiúna Itabunense, agora é Soteropolitano

           Bahia, berço do Brasil,  terra acolhedora de todos nós.

Iderval Reginaldo Tenório 

Ex-presidente do Cremeb, conselheiro José Abelardo de Meneses é homenageado  durante solenidade da Academia de Medicina de Itabuna | CREMEB 

Graduado em 1979, pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, com especialização em Anestesiologista pela Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto (São Paulo) e curso de graduação em Ciências Jurídicas (interrompido em 2008) na Faculdade Baiana de Direito e Gestão.

Membro do corpo editorial do Jornal do Conselho Regional de Medicina da Bahia e da Revista Vida & Ética.
Presidente do Conselho Regional de Medicina da Bahia (2011-2013), Conselheiro do Conselho Federal de Medicina (1993-1999) e do CREMEB (Conselho Regional de Medicina da Bahia  gestões de 1998-2003, 2003-2009, 2009-2013).
Ex-Presidente da 1ª Câmaara do Tribunal de Ética Médica, Corregedor do CREMEB entre 2001 e 2006 e Vice Presidente, de 2006 a 2011.
Membro da diretoria do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (1998-2007), presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia (1992-1993) e seu Secretário Geral (durante os períodos de 1990-1991, 1996-1997, 1998-1999).
Membro Honorário da Sociedade de Anestesiologia do Estado de Pernambuco.
Participante de debates, mesas redondas, painéis, simpósios e outros eventos nas áreas de Ética Médica, Direito Médico,  Responsabilidade Profissional, Bioética e Direito Médico.
Autor de vários artigos publicados em periódicos, capítulos de livros e  textos diversos.
Participação expressiva em congressos, foruns e outros eventos nas áreas de Anestesiologia, Ética Médica, Ginecologia, Obstetrícia, Bioética e Publicidade Médica

Graduado em Medicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (1979), inscrição no CREMEB 6616, especialista em Anestesiologia (RQE 2414). Residência Médica no CET-SBA da Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto-SP, 1980-1981. Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (CREMEB), gestão 2011-2013 e 2013-2016. Conselheiro do CFM (1994-1999) e do CREMEB (1998-2003, 2003-2008, 2008-2013, 2013-2018, 2018-2023 e 2023-2028). Foi Presidente da 1 Câmara do Tribunal de Ética Médica, Corregedor do CREMEB gestões 2001-2003, 2003-2006, 2016-2018, 2018-2021 e Vice-Presidente de 2006-2008 e 2008-2011. Exerceu cargos na diretoria do Sindicato dos Médicos no Estado da Bahia - SINDIMED (1998-2007) e na Associação Bahiana de Medicina - ABM (1990-1994). Presidiu a Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia (1992-1993), exercendo ainda o cargo de Secretário Geral (1990-1991, 1996-1997 e 1998-1999) e Presidente do 42o Congresso Brasileiro e 5o Congresso Luso-Brasileiro de Anestesiologia, 1995. Foi Vice-Presidente da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas da Bahia - COOPANEST-Ba (1991-1994 e 1994-1997), na qual exerceu também o cargo de membro do Conselho Fiscal (2016-2020). Professor convidado da Pós-graduação em Direito Médico, Biodireito e Bioética da Universidade Católica do Salvador (UCSal); Direito Médico, da Saúde e Bioética da Faculdade Baiana de Direito; e Direito Médico do Complexo de Ensino Renato Saraiva (CERS). Tem proferido palestras, participado de debates, mesas redondas e painéis sobre Ética Médica, Responsabilidade Profissional, Bioética, Direito Médico e Mercado Profissional. Coautor da obra, Noções de Responsabilidade Médica na Anestesiologia - Guia Prático da SAESP.

Informações coletadas do Lattes em 12/10/2025

 
 


UMJ VERDADEIRO PAI

 

                   FALANDO DE DEUS              

              HISTÓRIA DE UM VERDADEIRO   PAI

 

                    No início da minha  vida profissional, um neófito médico, fui  plantonista de um importante Pronto Atendimento.

                   Nestes plantões eram  lotados dois médicos. Os atendimentos eram para pacientes de urgências, os casos mais graves, as emergências, eram transferidos e recebidos pelos plantonistas da unidade Hospitalar, anexo ao PA.

                 Naquela época, como nos dias atuais, era discutido o que é um atendimento de urgência, o que deve o médico atender, até que ponto era ético o médico discernir  o que era  urgência ou emergência. O plantonista atendia a todos, o acolhimento era universal. Efetuados os primeiros socorros, acionava-se a unidade hospitalar.  É de bom alvitre  lembrar, que muitos pacientes, devido a gravidade, as ambulâncias e viaturas iam direto à emergência do Hospital, contíguo ao Pronto Atendimento.   

                   Era um dia de domingo, 03h30min da manhã, chovia torrencialmente  e a cidade estava deserta.  Não se sabe  o motivo, a pediatria  encontrava-se desativada, recomendado cautela.  

                   Os pacientes eram atendidos alternadamente, até a meia noite era intenso o movimento, depois caia consideravelmente.  Neste horário chegou um senhor de uns 40 anos de idade, trazia embalado nos braços, envolto num grosso lençol, uma criança de 3 a 4 anos, foi até a recepção, disse que o filho estava com febre e dor na garganta.

                   A recepcionista explicou que não se tratava de urgência ou emergência, e que deveria procurar  o serviço adequado logo que o dia clareasse, o ambulatório de otorrinolaringologia ou o de pediatria, que também ficava próximo.

                    Humildemente, sem saber o que era um ambulatório e até mesmo o que significava a complicada palavra  otorrinolaringologista,  o senhor sentou numa cadeira defronte a televisão, que passava a noite ligada.  Pensou, refletiu, voltou para a recepcionista, tentou explicar a sua presença naquele horário, não logrou   sucesso, voltou à sua insignificância. Sentou-se na última cadeira protegida pela grande porta   de vidro temperado, protegia cuidadosamente a sua cria do frio e dos respingos da torrencial chuva que banhava o solo soteropolitano  da  Bahia de meu Deus.

                  Com o menor aconchegado ao colo e cheio de amor,     solicitou que lhe mostrasse quem eram os médicos, queria falar e solicitar pelo o amor de Deus que atendessem o seu filho. O médico da vez respondeu que aquele caso não configurava uma emergência e poderia muito bem esperar até o amanhecer.

O esculápio pensou:  "Amigdalite às 3h30  da manhã, era brincadeira, porque não levou o garoto durante o dia no ambulatório apropriado, resmungou para si, amigdalite às 3 e 30, é demais!

                  Ao ver a cena e sentir naquele pai um semblante de diminuição, de inferioridade e de desvalorização como cidadão, chamei o  colega, solicitei que atendesse, porém  foi irredutível,  como Pilatos, o colega   lavou as mãos.

                  Não pensei duas vezes, mandei fazer a ficha, solicitei que colocasse o pai e o filho no consultório, chamei o colega e frente a frente iniciei a consulta, não uma consulta médico-clínico, mas uma consulta médico-social.

                 O pai revelou que morava na periferia, que saíra de casa às 06 horas da manhã, trabalhava numa empresa encostada noutra, nem mais era terceirizada, o transporte era uma casinha adaptada sobre a carroceria de um caminhão, não tinha alimentação,  nem garantia de emprego, era o último a chegar em casa, no subúrbio ferroviário,  depois de uma peregrinação por toda a cidade.

                 Naquele dia havia deixado a fábrica às 22h, rodara por mais de 150 quilômetros. Ao chegar em casa, sem almoço, jantar, banho e possuído pelo cansaço, foi avisado pela esposa que o menino estava com febre e esperava o pai para levá-lo ao médico. Matou a sede, encostou a mochila e a marmita, embalou a criança e debaixo de chuva  andou a pé três mil metros, pegou o trem suburbano que se conectava com o último ônibus e depois de rodar 30 quilômetros atingiu o fim de linha, um turístico logradouro.  Desceu a pé um íngreme, enladeirado, longo e deserto percurso, da grande praça ao longínquo serviço de urgência que funcionava numa grande e estratégica  avenida. 

                     Na solidão do caminho, na escuridão da noite, sob o frio da úmida e torrencial chuva, arriscando as suas vidas mergulhou na realidade.  Na cabeça um turbilhão de pensamentos, todos de baixa estima: Pobre, não bonito, suburbano, pertencente a uma categoria sem valor, afro descendente,   naquele dia sem se alimentar e cansado foi tomado pelo desânimo, porém, tinha um filho, possuía um rei, possuía uma das razões que justificava viver, que justificava todo e qualquer sacrifício, aliás, levar o seu filho a um médico não era sacrifício, era um prazer apesar da imensa tristeza.

                       Pensava no seu trabalho, na sua família e  no seu pai, via e sentia naquela hora, naquele momento como era difícil a vida, como era dura, como era insignificante diante do mundo, ainda bem que existia o médico, este sim me compreendia, este sim era homem de coração bom, este sim atendia a toda hora, atendia em todos os momentos, nos momentos de necessidades e sempre alegre, sempre rindo, ainda bem que existia o médico, neste mundo só o médico, somente o médico era verdadeiramente humano.

                    Quem era ele para ser atendido, para receber a atenção daquela espécie de homem, homem estudado e importante, o homem de branco, inclusive por ser ele um simples operário, era condição suficiente para não ser atendido, ainda assim o médico atendia,  atendia porque era humano, porque era bom, porque era gente, mesmo estudado, era gente e foi assim que veio pensando em todo o seu longo e difícil trajeto.  

               Imaginava encontrar um amigo, um amigo que lhe escutasse, que lhe estendesse as mãos, que lhe acolhesse, que lhe desse  atenção e  que lhe desse socorro, ainda bem que existe o médico. Disse também que saiu preocupado como voltaria, com que carro, com qual dinheiro e para ir ao trabalho no outro dia, sem dormir, sem comer, sem condições de faltar e se fosse demitido? Porém, nada disso era mais importante do que aquele filho, nada tinha mais importância do que a saúde do seu filho, ainda bem que existe o médico, ainda bem que ainda existe a compaixão, ainda bem.

            O colega frente a frente com o relato, cara a cara com o menor  e o pai, silenciosamente escutava o relato paterno.

 

            Aquele depoimento era mais um desabafo, um desabafo social, um desabafo para com ele mesmo, um desabafo quem sabe, talvez para com DEUS, e o colega escutava calado, silencioso e olhar perdido. O colega estava noutro mundo, o colega viajava, estava  bem distante, não sei onde, num lugar longínquo e  cabisbaixo. Repentinamente, com os olhos marejados, voz trêmula, rompeu o silêncio, abraçou o guerreiro pai e balbuciou: 

“PAI, AH SE TODOS OS PAIS FOSSEM ASSIM! COMO SERIA DIFERENTE”.

                   Pegou as rédeas do atendimento, arranjou energia não sei aonde, atendeu, conversou, riu, ofereceu o seu lanche noturno e o café da manhã para aquele pai exemplar.  Alimentou a criança, pediu-me que passasse o plantão pela manhã e com a criança medicada, a bolsa cheia de amostras e muita disposição foi conhecer na periferia onde morava um homem, onde morava um cidadão, onde morava um verdadeiro pai e saíram os três na mesma condução, tendo como motorista o médico assistente.

               Ainda hoje, nos encontros da vida escuto do nobre e gentil colega : “Meu amigo, muito obrigado, a medicina não é só conhecimentos científicos, é muito mais. A medicina é o social, o humanismo, a ética e o altruísmo.  A medicina é a essência da cidadania e  compaixão. A medicina é uma das representantes fiel de Deus”.

             Ser médico enfim, é ser um misto de tudo quanto é de bom, ser médico é ser provedor, acolhedor,  compreender os encontros e os desencontros do homem e da vida, ser médico é apenas ser Médico.

APENAS.


                         Iderval Reginaldo Tenório

crmpr VALE A PENA SER MÉDICO #medicina

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Vale a Pena Ser Médico? Portal CRM-PR: https://www.crmpr.org.br/ Vídeo Institucional produzido em 2004, com participação de Rubem Azevedo ...
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